Uma professora da Escola Estadual Antônio Garcia denunciou em vídeo que alunos da comunidade do 120, localizada na zona rural do município de Poconé (104 km de Cuiabá), estão sem frequentar as aulas há quase 15 dias. O motivo seria o atolamento dos ônibus escolares que fazem o transporte dos estudantes até a unidade de ensino, que é de responsabilidade da prefeitura da cidade. 72g1q

A denúncia veio à tona durante uma visita da vereadora Anne Steele (PSB), que esteve na comunidade recentemente. Em vídeo publicado em sua página oficial, a professora relata que pelo menos 15 estudantes estão sem ir à escola, entre eles alunos com deficiência que dependem do transporte escolar para frequentar as aulas.

“Tem alunos especiais, famílias que moram muito longe. Eles estão há mais de duas semanas sem aula porque os ônibus não conseguem chegar até aqui. É preciso um auxílio urgente do poder público”, desabafou a educadora.

A comunidade do 120 fica a aproximadamente 103 km de Cuiabá e enfrenta dificuldades com as estradas de terra, que se tornam intransitáveis em períodos de chuva. Durante a visita, a vereadora também se deparou com uma ponte destruída, o que agravou ainda mais a situação de o dos moradores e dos ônibus escolares às comunidades rurais, que se encontram isoladas.

A situação tem gerado preocupação entre pais, professores e lideranças locais, que cobram providências da Prefeitura de Poconé e da Secretaria de Educação.

A parlamentar afirmou que irá encaminhar um ofício ao Executivo municipal pedindo uma solução emergencial para o transporte escolar. “É inissível que nossos alunos fiquem sem aula por falta de infraestrutura básica. Vamos cobrar uma resposta urgente”, disse a parlamentar.

Outro Lado:

A Secretaria Municipal de Educação se manifestou por meio de nota. Confira abaixo:

Cumprimentando-os cordialmente, vimos por meio deste, esclarecer os fatos acerca dos vídeos que circulam nas redes sociais que tratam de estudantes do Ensino Médio (3º Ano) da região do Km 120 na Comunidade Mundo Novo, que se ausentaram das aulas e, segundo a denunciante, há mais de quinze (15) dias.

Esclarecemos que o transporte chega até o local onde havia uma ponte, que devido às fortes chuvas foi levada pelas águas.

Os estudantes atravessavam essa ponte (um paliativo), que lhes assegurava a travessia para pegar o transporte. Essa secretaria tem desenvolvido ações para assegurar que o transporte rode pelas comunidades. Todavia, no local denunciado, devido aos fenômenos naturais como as intensas chuvas, o transporte tem encontrado barreiras. Mas estamos viabilizando solucionar da melhor forma possível para que nossos estudantes e comunidade em geral não sejam prejudicados.