A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef alertaram nesta terça-feira (31) para o agravamento da situação em Gaza, com muitos riscos para a saúde. 3g4y49
De acordo com a OMS, Gaza vive uma "catástrofe iminente de saúde pública", com risco de mortes de civis não só em razão dos bombardeios, mas também por causa dos deslocamentos em massa, superlotação de hospitais e danos às infraestuturas de saneamento.
Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, alertou que faltam suprimentos aos hospitais, como anestesia para operar os pacientes. Ele também falou sobre a falta de água, essencial para a vida.
"A água é a base essencial para tudo. Você precisa de água potável, mas é claro que também precisa de água para muitas outras questões. E tudo isso está faltando", disse Lindmeier.
O risco de faltar água em Gaza também foi apontado pelo Unicef. Mais de 2 milhões de pessoas serão afetadas e, sem água suficiente, há uma ameaça crescente de mortes por desidratação.
"A falta de água potável e de saneamento seguro está à beira de se tornar uma catástrofe. A menos que o o à água potável seja restabelecido com urgência, mais civis, incluindo crianças, adoecerão ou morrerão de desidratação ou de doenças transmitidas pela água", disse Catherine Russel, diretora executiva do Unicef.
Segundo o Unicef, 55% da infraestrutura de abastecimento de água em Gaza necessita de reparação e apenas uma estação de dessalinização está funcionando com apenas 5% de capacidade. As outras estações de tratamento de águas residuais estão inoperantes por falta de combustível ou energia.