A Suprema Corte dos Estados Unidos aceitou nesta sexta-feira (5) receber o processo no qual vai se decidir se Donald Trump pode concorrer à presidência no Colorado. 2a6n2c
Em 19 de dezembro do ano ado, a Justiça do Colorado decidiu que o ex-presidente não pode participar das eleições deste ano porque se envolveu em uma insurreição ao não aceitar a derrota para Joe Biden em 2020.
O ex-presidente entrou com pedido para a Suprema Corte reverter essa decisão do Colorado. O caso está agendado para ser julgado no dia 8 de fevereiro. Como o processo das primárias já estará em andamento, a decisão deve ser rápida, segundo o "New York Times".
Caso é importante para o país inteiro
O caso levanta questões para a democracia dos EUA. Sem uma decisão da Suprema Corte, os estados poderiam tomar suas próprias decisões.
O Colorado não é muito importante para Trump, porque lá os eleitores tendem a ser mais ligados ao Partido Democrata, de Joe Biden. Mas há iniciativas parecidas para barrar o ex-presidente em andamento em outros estados -- incluindo o Michigan, esse sim um estado que pode influenciar o resultado da eleição.
Erwin Chemerinsky, reitor da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia em Berkeley, disse à agência de notícias Reuters que a Suprema Corte deveria "resolver logo e para todo o país se Trump pode estar na cédula eleitoral". Ele diz que, na prática, a Suprema Corte vai decidir se Trump vai estar nas cédulas eleitorais ou não.
Trump barrado nas cédulas
Há uma cláusula na Constituição do país que determina que uma pessoa que fez parte de uma insurreição quando exercia um cargo público não poderá ocupar um cargo de dirigência novamente. É uma regra da época da Guerra Civil dos EUA.
Além da decisão da Justiça do Colorado, dias mais tarde, em 28 de dezembro, a Secretária de Estado do estado do Maine, que tem autoridade de justiça eleitoral, também impediu Trump de participar das eleições presidenciais no estado dela.